sexta-feira, 25 de junho de 2010

Biografia não autorizada de uma insigne* pessoa

Pelas 11h30 do dia 25 de Junho de 1985 nascia no Hospital Central do Funchal um ser humano extraordinário. Nascido por cesariana (não se deu à maçada de dar a volta no útero) a primeira coisa que fez foi chorar.
A sua infância foi passada num concelho rural, tendo dividido o tempo da sua infância até aos 4 anos entre a sua ama, a sua casa e o trabalho da sua mãe num centro de saúde. Cresceu por isso habituado aos cheiros de hospital e demarca-se dos demais por não achar aqueles cheiros desagradáveis. Aos quatro anos de idade esta promitente criança entrou num jardim de infância onde para além de fazer muitos amigos aprendeu a contar. Aos cinco anos este insigne rapaz manipulava com destreza as 4 operações matemáticas básicas (soma, subtracção, multiplicação e divisão) e no verão antes de entrar (com seis anos) para a antiga 1ª classe aprendeu a ler.
Cedo surgiu o seu fascínio pela astronomia quando no seu 7º aniversário recebeu de oferta da sua mãe o livro "Atlas da Astronomia". Desde então, este ser humano absolutamente notável dedicou-se ao estudo da Astronomia, conhecendo o céu como poucos.
Cresceu e estudou, destacando-se sempre pela sua dedicação, simpatia, companheirismo e humildade. Ajudou a cuidar dos seus dois irmãos mais novos. Todos sem excepção lhe reconhecem capacidades excepcionais acima da média.
O ano de 1997 foi um ponto de viragem. Nesse ano melhorou a sua caligrafia adquirindo capacidades para escrever "bonitinho" e com "letra de gaja".
Foi por vários anos o melhor aluno da sua turma e, não sendo aluno de nota 20, andou a rondar essa mítica marca por várias vezes. Desde cedo se notou a sua extraordinária habilidade nas disciplinas técnicas e científicas chegando inclusive a declarar numa aula de "Língua Francesa" no seu 7º ano "não preciso de saber falar francês pois a matemática será a língua universal".
Viveu imberbe até aos 14 anos.
Este proeminente madeirense fez o ensino secundário no agrupamento 1: Científico-Natural na área rural onde cresceu, cativando os seus professores com a sua capacidade de argumentação e a sua argúcia. Muitos dos seus antigos professores ainda hoje não conseguem esconder a sua admiração por este distinto ex-aluno.
Em 2003 decidiu versar Engenharia na Universidade da Madeira, por ser naquela universidade que havia um curso que unia Engenharia e Astronomia. Foi, até hoje, o aluno que concluiu este curso no mais curto espaço de tempo.
O ano de 2008 foi terrível para si, no entanto manteve-se como um símbolo de solidez e de força entre os seus pares não se deixando ir abaixo, fazendo crescer ainda mais a admiração de que era alvo.
É actualmente um Engenheiro promissor que trabalha num laboratório de investigação e desenvolvimento na Madeira.
Hoje 25 de Junho de 2010, a 10 minutos de fazer 25 anos, escreveu estas linhas para que fiquem registadas para a posteridade



Esse ser humano extraordinário...sou eu! E hoje é o meu aniversário!


*que se distingue entre os demais. Destacado, distinto, famoso, ilustre, notável.

Time goes by...

A falta de tempo é um dos flagelos do século XXI. Afecta sobretudo os trabalhadores e todos aqueles que, não estando empregados desenvolvem actividades em prol da comunidade. 83% dos trabalhadores afirmam peremptoriamente: "é verdade, não tenho tempo para nada...e envergonho-me por isso."
Apesar de ser um ser humano espectacular, infelizmente não me demarco destes 83%. Sou, sem dúvida, uma pessoa que anda sempre atrás do tempo e nunca tem tempo para fazer tudo o que pretende. Ou tenho muitas actividades para o tempo que tenho, ou então não consigo rentabilizar o meu tempo livre. Vou admitir, por ser mais fácil, que tenho um problema. Este deve ser o primeiro passo. Passo 1: confere!
O passo 2 é procurar ajuda e foi o que eu fiz: comprei um livro sobre gestão de tempo. Passo 2: confere!
O passo 3 está a ser o mais complicado. É que o meu problema acaba por ser tão grave que eu nem sequer tenho tempo para ler um livro...sobre gestão de tempo. E assim não vou lá!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Promiscuidades

Não gosto muito de falar de futebol aqui no blogue e muito menos sobre a Selecção Nacional mas alguns comportamentos que tenho observado neste último dia levam-me a tecer algumas considerações importantes. Falemos então um pouco sobre a hipocrisia. Antes de mais, uma definição completamente da minha autoria:

Hipocrisia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem sentimentos.


Feita esta definição, totalmente original e da minha autoria, ficam uns comentários que se podiam ler em algumas notícias de jornais online sobre a equipa nacional.

Antes da vitória por 7-0 frente à Coreia do Norte:
"com este selecionador vamos passear..."
"Isto não é Portugal, é Brasil B"
"Ho' carago, claro que bamos ganhar...bamos ganhar muito juízo.."
"Não se iludam Portugal não passa da 1ª fase."
"Quem foi o atrasado mental que escolheu esta selecção?"


Após a vitória por 7-0 frente à Coreia do Norte:
"Grande goleada. Sete secos. Viva Portugal."
"Desta vez Queiroz não inventou."
"Eu como português que sou, nunca duvidei do trabalho do Carlos Queiroz. "
"Amo-te minha doce Elaine"
"Onde estão os críticos de Queiroz e os que só sabem dizer mal da selecção??? Que os xupem...."


Como podemos ver nesta amostra de comentários o povo português é bastante íntegro e consistente. E não é nada, nada, nada hipócrita.


Está bom de ver que a relação do povo português com a sua selecção é semelhante à relação de um marido promíscuo com uma mulher com baixa auto-estima: por muito traída que a mulher seja, acaba sempre por aceitar o marido de volta.


Nota: Incluo-me, obviamente, na categoria de "povo português"

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cerveja, tremoços e futebol


(tenho a certeza que com esta foto as visitas vão aumentar...)

Sou só eu que acho que se está a dar demasiada importância a um evento em que 11 palermas seres humanos extraordinários do nosso país correm atrás de uma bola jogam futebol, não contribuindo em NADA para o aumento da produtividade, do desenvolvimento económico e social e da qualidade de vida por cá? Por causa desses 11 palermas excelentes jogadores o país quase pára. 

Não queria estar a vaticinar resultados, mas hoje Portugal perde por 2-0 ganha por 7-0.

O Queiroz está a corresponder a 100% às minhas expectativas: nenhumas!

Depois não digam que não vos avisei.

Edit: Eu disse que Portugal perdia por 2-0?? Peço desculpa, não me fiz entender. O que eu queria mesmo dizer era que Portugal ganhava por 7-0!