quinta-feira, 10 de junho de 2010

E se...

Tem dias em que eu penso. Penso em temas que abordam muitas vezes assuntos quotidianos. Desde situações de aspersão de cocó por parte de pombos (este pensamento ainda não escrevi cá, fica para breve) até situações que vou observando quando ando pela rua ou mesmo no trabalho. Um destes pensamentos ocorreu-me à poucos dias e surgiu de forma espontânea. 
E se eu partisse uma perna?
Pois, o que seria de mim e da minha vida nos meses subsequentes à quebra da dita perna? É uma questão interessante.
Em primeiro lugar pus-me a pensar em modos de partir uma perna. Não consegui descortinar nenhuma assim interessante e que desse uma história que valesse a pena contar. Para facilitar imaginemos pois que eu partia uma perna enquanto ia a andar a meio da rua. Ia na minha vida e de repente uma perna "crack!". Meus caros, não tenho os ossos assim tão fracos mas isto foi só para me facilitar a vida, que isto de pensar parecendo que não ainda cansa. No caso de partir a perna num sítio público qual seria a minha reacção? 
Faço agora um pequeno parentesis para ressalvar que sou um pouco tímido portanto não sei o que faria para pedir ajuda.
Chorar e esperar que alguém notasse que algo de errado se passava comigo? Sim, esta parece-me a hipótese mais verossímil.
Será que doía? Será que o meu choro se iria dever à dor ou ao orgulho ferido por ter quebrado uma perna, eu, que com 24 anos nunca parti nada?
Quer dizer, talvez desatasse ali aos berros porque me doía bastante e a dor parecendo que não é uma coisa chata.

Talvez o melhor fossem os dias seguintes. Sempre me intriguei sobre qual seria a sensação de ter a perna envolta em gesso. Tenho a certeza que as miúdas iriam adorar. Verem um rapaz com uma perna ou um braço partido desperta nelas uma reacção inata que vai à raiz do instinto maternal. Ficam com aquele ensejo de ajudar, de serem úteis. Vai daí talvez fosse a maneira de eu ficar a conhecer resmas de miúdas. Já estou a imaginar: Oh jóia, escreve-me aí o teu nome e número de telefone no gesso faxavôr! Parece-me uma pick-up line com tudo para resultar. O resto do meu pensamento fica apenas para mim...

Olhem, vou ali partir uma perna e já volto.

1 comentário:

Norberto disse...

Essa coisa de partir pernas, digo-te que a sensação não é nada boa. Eu que já parti um braço e uma perna, vou falar-te de ter gesso no braço porque é o melhor destes 2:

Se for inverno, vais ter que andar de manga de fora ou arregaçada, e quanto mais roupa tiveres mais difícil será de fazeres isto.
Se for no verão, a exposição solar dará uma comichão tremenda por debaixo do gesso...entras em desespero e começas a meter objectos para poderes coçar-te. Com sorte, sentes-te aliviado ou com mais vontade para coçar mais.

Para tomar banho é sempre com o braço no ar e ter 1-1.5Kg de gesso, ao longo de um tempo não se torna tarefa fácil.

E ao fim de 15 dias a andar com aquele gesso, quando tiras-o parece que não tens braço!

Agora se for uma perna...humm o cenário já fica mais complicado e passas a ser um "Canadiano"!