sexta-feira, 4 de junho de 2010

O que é que eu faço?

Sou frequentemente confrontado com várias questões. Questões como: Samytech, és tão giro, queres sair comigo? Samytech, como consegues ser uma pessoa tão íntegra e honesta? Samytech, como consegues manter esse sentido de humor? Samytech, como consegues ser tão modesto?  Samytech, vamos ao café? Samytech, fazes-me um filho?
Mas há outras questões mais profundas e que abordam o essencial, porque todas as questões acima citadas não abordam o ponto principal. E essa questão, meus caros, essa questão são os meus amigos que fazem: Engenheiro Samytech, o que é que fazes no teu trabalho?
Chamo a atenção para o respeito e a deferência com que os meus amigos me brindam. 
Mas voltando ao tema, esta questão que é frequentemente proferida pelos meus amigos é muitas vezes deixada passar em branco com um simples: "Por favor...sou Engenheiro! Que é que achas que faço?"
Mas, como desta vez foi uma miúda gira e com curvinhas que me perguntou, lá desvendei o que faço. E já que o disse uma vez, desvendo também aqui um pouco do que são as minhas funções. No meu trabalho eu sou, entre outras coisas, um portador de más notícias. Não, não sou um engenheiro informático. Eu sou um engenheiro de electrónica. Sou aquele indivíduo que quando vêem bater à porta do seu gabinete exclamam: "Oh não! Não acredito! Outra vez?". E isto voltou a acontecer hoje.
Que más notícias são estas? Bem, dado que estou responsável por monitorizar, fazer tratamento de dados e, quando calha, de fazer a manutenção a algumas dezenas de equipamentos electrónicos é natural que me tenha de desdobrar para poder acudir a todas as tarefas. Algumas tarefas saem fora do âmbito das minhas funções pelo que quando há bosta chatices, lá vai o Engenheiro Samytech contactar o responsável pela resolução do problema que ocorreu.
Apesar de tudo, o meu trabalho leva-me a sítios que de outra forma me estariam vedados. Que trabalho pode levar um gajo a se deslocar ao terraço do edifício da GNR na Avenida do Mar? Ou a subir ao topo do mastro do farol do Porto do Funchal? Ou fazer quase 1h30 de viagem para trabalhar na Bica da Cana apenas 15 minutos e voltar à base? Ou deslocar-me e fazer manutenção a equipamentos no terraço do Hospital Dr. João de Almada? O meu. E adoro o que faço.

1 comentário:

A Madeirense disse...

Subir o topo do mastro do Farol...nem paga !